O Livro Imaginário |
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terça-feira, fevereiro 25, 2003 ( 2/25/2003 09:31:00 PM ) Ana Paula - Quem era aquele rapaz? - Humn... - Não vai me dizer quem é ele? Abriu os olhos. A luz branca entrava pela janela aberta. Quem ousava abrí-la tão cedo e acabar com seus bons sonhos? - Não vai me responder? Virou-se. - Ai, mãe. Que horas são? - 06:00. - Não acredito! Seis horas? O que a senhora quer as seis da manhã? - Saber quem era aquele rapaz que você beijava ontem à noite. - Não acredito... - Que eu vi? - Que a senhora está fazendo esta pergunta. - Por que? - Eu tenho 23 anos mãe. Deixa eu dormir... - Não vai me dizer? - Não. Não vou dizer. - Mas eu sou sua mãe. - Justamente. Por ser minha mãe deveria saber que não beijo qualquer um. Ainda mais na porta de casa. Me deixe dormir... - Seu pai quer lhe falar. - Mais tarde... - Mas ele está saindo para o trabalho. - Mais tarde... - Ele vai se chatear. - Paaaaaaaaaaaai!!!! - Não faça barulho a esta hora da manhã!!! Os vizinhos dormem ainda. - Como não? A senhora me acorda às 06:00. Me faz uma pergunta cuja resposta é óbvia e me diz para não fazer barulho!!! Ah! mãe, deixa eu dormir por favor!!! - Que barulho é este? - Pai, o que o senhor quer comigo? - Nada demais. Queria saber apenas quem era o rapaz de ontem. Mas iria ligar mais tarde para conversar com você. - É meu namorado. Posso dormir agora? - Humn...pode. Conversamos mais tarde, então. - Pronto, mãe. Respondi sua pergunta. Falei com meu pai. Tudo certo. Fecha a janela antes de sair, por favor? Virou-se novamente. Não dormiu mais. Parecia inacreditável o que acabava de acontecer. Sabia que a mãe possuía mania de controlar tudo. Até a porção de ração do bichano. Mas acordar uma mulher adulta, seis da manhã, por causa de um beijo? Não era possível... Os ponteiros do relógio iam movendo-se. Mais uma etapa começara. Era hora de batalhar... # |
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